
A juíza Ludmila Lins Grilo, atualmente exilada nos Estados Unidos, afirmou que o verdadeiro obstáculo nas negociações entre Lula e Donald Trump para reverter o tarifaço americano não está na diplomacia, mas sim no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, o tribunal brasileiro tem se tornado um foco de atrito com os EUA, devido à perseguição judicial a empresas e cidadãos americanos, especialmente no contexto das sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky.
Durante participação no Jornal do JCO, Ludmila destacou que a Corte brasileira está ultrapassando limites constitucionais e violando a soberania norte-americana, o que teria causado desconforto direto no governo Trump. “O Supremo Tribunal Federal está perseguindo cidadãos americanos, está perseguindo empresas americanas, violando a soberania dos Estados Unidos”, afirmou. A juíza ironizou que, mesmo tendo interesse em resolver a crise, Lula se mostrou impotente diante de Moraes, preferindo lavar as mãos.
“Lula até podia ‘colocar uma pilha’ para que o STF se adequasse, voltasse a respeitar as leis, a Constituição, mas me parece que ele está rifando Alexandre de Moraes. Lula fala: ‘Rubio, esse seu problema é com Moraes, com o STF, eu não tenho nada a ver com isso’”, disse Ludmila. Segundo ela, o petista tentou negociar a retirada das sanções e a redução das tarifas impostas ao Brasil, mas saiu de mãos abanando. “Essa reunião de Lula e Trump não teve resultado nenhum. Lula queria que caísse a Magnitsky e não caiu, queria que caíssem as tarifas, não caíram. Só conseguiram marcar uma nova reunião…”, ironizou.
O comentário da magistrada reflete o descrédito internacional do STF, acusado de agir de forma autoritária e ideológica, especialmente em temas ligados à liberdade de expressão e perseguição política. Para Ludmila, o impasse diplomático revela que o poder judicial brasileiro se tornou um problema externo, afetando diretamente as relações entre Brasil e Estados Unidos.
