
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (30) acreditar que “tudo chegará a bom termo” após o encontro entre o petista Lula e o presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. A declaração veio em meio à forte pressão internacional, já que Moraes está entre as autoridades brasileiras sancionadas pelo governo americano, acusado de conduzir um processo judicial politizado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista à agência EFE, durante viagem a Madri, onde participa da Conferência Mundial de Justiça Constitucional, Moraes afirmou que as sanções impostas pelos EUA — que incluem bloqueio de bens e cancelamento de visto de entrada para ele e sua esposa, Viviane Barci — teriam sido baseadas em “informações errôneas”. “O que chegou ao presidente Trump eram informações totalmente equivocadas, e isso levou a determinadas medidas. Acredito que, com as informações verdadeiras, tudo será resolvido”, declarou o ministro, tentando minimizar o impacto do isolamento diplomático que enfrenta.
As sanções de Trump foram aplicadas após o governo americano avaliar que Moraes teria conduzido um processo parcial e politicamente motivado contra Bolsonaro e outros sete réus, entre ex-ministros e militares. O julgamento — relatado pelo próprio Moraes — resultou em uma condenação de 27 anos de prisão ao ex-presidente, num episódio considerado por juristas independentes como um dos maiores abusos de poder da história recente. Mesmo diante das críticas globais, o magistrado nega perseguição política e insiste que apenas cumpriu seu papel constitucional.

 
                     
                    