
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, indicado por Lula, admitiu que a corporação optou por não participar da megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, considerada uma das mais importantes dos últimos anos no combate ao crime organizado. A justificativa, dada em tom frio, gerou indignação entre parlamentares e reforçou as críticas à omissão do governo federal diante do avanço do narcotráfico. “A nossa equipe entendeu que não era uma operação razoável para que a gente participasse”, disse Rodrigues.
A resposta provocou uma onda de reações no Congresso. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi direto: “Governo de vagabundos.” Já o líder da oposição, Zucco (PL-RS), emitiu uma nota oficial contundente, classificando a fala do chefe da PF como “um escândalo e uma vergonha nacional”. Para o parlamentar, a recusa da Polícia Federal em apoiar a operação demonstra o abandono total da segurança pública pelo governo Lula.
Em nota, Zucco afirmou: “Enquanto policiais civis e militares colocavam suas vidas em risco enfrentando bandidos fortemente armados, o governo federal lavava as mãos. Essa postura revela um governo fraco, desorientado e omisso, incapaz de compreender que o crime organizado atua hoje como uma força paralela, com poder econômico e domínio territorial.” Ele destacou ainda que o Executivo negou três vezes o pedido de blindados feito pelo governador Cláudio Castro, recusou-se a decretar a GLO e simplesmente abandonou o povo carioca à própria sorte.
Enquanto governadores de direita como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Jorginho Mello ofereceram apoio e solidariedade ao Rio, o governo Lula se escondeu atrás de discursos ideológicos e da velha burocracia. O episódio escancara o vazio de liderança e a falta de coragem do governo federal, que trata a guerra contra o crime como se fosse uma crise política. A frase de Zucco resume o sentimento nacional: “O Brasil precisa de comando, não de covardia.”

 
                     
                    