O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou um vídeo nesta terça-feira (14) comentando o parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que rejeitou o pedido de prisão preventiva apresentado por Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). O parlamentar não poupou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de usar o Supremo Tribunal Federal (STF) como instrumento político contra opositores.
Segundo Eduardo, o correto seria Moraes ter indeferido o pedido de imediato, em vez de remetê-lo à PGR. “Ao invés de rejeitar o pedido, ele toca adiante e pede a opinião do PGR”, declarou o deputado, criticando o magistrado por manter o processo vivo sem fundamento.
Em tom firme, Eduardo ironizou as acusações feitas contra ele: “Quem deveria estar nesse processo, segundo eles alegam, seria o presidente Trump, o secretário Marco Rubio, o secretário Scott Bessent. Mas como não têm coragem de fazer isso, vêm pra cima de mim, porque já viram que ameaçar meus familiares não adianta.”
Na legenda do vídeo, o deputado enviou um alerta direto ao sistema: “Moraes e PT me acusam de cometer crimes enquanto vivo aqui nos EUA. Neste tabuleiro, não há bobos e o regime não está mais tão à vontade. As coisas estão mudando. Nós venceremos.” A mensagem ecoou entre seus apoiadores, que enxergam o episódio como mais uma tentativa de intimidação política contra a direita.
O parecer de Gonet, encaminhado ao STF na tarde desta terça, reforça que deputados não têm legitimidade para solicitar prisão preventiva, pois o artigo 311 do Código de Processo Penal reserva esse tipo de requerimento à polícia judiciária e ao Ministério Público. Apesar disso, o procurador acrescentou que a PGR “se reserva à avaliação, em instante oportuno, de eventuais medidas cautelares”, o que mantém a tensão jurídica sobre o caso.
Enquanto Moraes continua avançando sobre adversários políticos, a reação de Eduardo Bolsonaro demonstra que o clima de resistência e vigilância internacional segue firme. A presença do deputado nos Estados Unidos e o apoio de aliados como Donald Trump e Marco Rubio ampliam o constrangimento do governo Lula e expõem o isolamento político do STF diante da crescente pressão global por liberdade e respeito aos direitos individuais.