
O presidente norte-americano Donald Trump declarou que os cartéis de narcóticos operando no Caribe serão enquadrados como “combatentes terroristas” e rotulou a intervenção militar dos EUA na área como um “conflito armado não internacional” (CANI).
A medida foi oficializada por meio de um memorando oficial acessado pela agência Associated Press (AP). O Pentágono informou o Congresso previamente, mas de forma sucinta, o que provocou inquietação entre legisladores de todos os espectros partidários.
A abordagem adotada pela administração Trump foi vista com cautela por senadores e representantes, que argumentam que ela reformula o arcabouço jurídico para o enfrentamento ao tráfico de entorpecentes. Legisladores democratas insistem que o presidente deve obter aprovação explícita via Lei de Poderes de Guerra, enquanto uma fração da oposição republicana também questiona a falta de consentimento congressional, rotulando a ação como potencial “guerra velada”.
Informantes do Capitólio indicam dúvidas quanto às entidades criminosas formalmente catalogadas como adversárias no embate. A Casa Branca, por ora, manteve silêncio. O anúncio do CANI foi impulsionado por incursões marítimas americanas no último mês contra barcos presumidamente envolvidos no contrabando de drogas no Caribe, abrangendo embarcações vindas da Venezuela.
De acordo com documentos oficiais, houve quatro missões, que culminaram na neutralização das naves e na morte de ao menos 17 indivíduos, todos tidos como supostos traficantes. Trump validou as ofensivas em Washington e celebrou os desfechos:” A potência é incrível no que realiza”, declarou em encontro com os líderes das Forças Armadas, conforme a AP.
O reforço bélico abrange oito navios de guerra, milhares de marines e aproximadamente dez jatos F-35 baseados em Porto Rico, expandindo o escopo da campanha. Discurso antivenezuelano Para Trump, as ações zeraram o tráfego marítimo de drogas rumo aos Estados Unidos. Ele se comprometeu a reforçar o monitoramento por terra, apontando a Venezuela como prioridade.
Em retaliação, o líder venezuelano Nicolás Maduro emitiu um decreto para declarar “estado de agitação externa”, mecanismo que serviria como resposta provisória a uma possível incursão externa.