Os Estados Unidos consideram inevitável ampliar as sanções da Lei Magnitsky para outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Fontes ligadas ao processo indicam que pelo menos dois magistrados já estão sob avaliação: Gilmar Mendes e Flávio Dino, ambos conhecidos por defenderem Alexandre de Moraes e criticarem as medidas aplicadas por Washington.
A estratégia americana se apoia no precedente já criado com a inclusão da esposa de Moraes e de outros funcionários públicos brasileiros na lista de sanções.
Dessa forma, especialistas em direito internacional apontam que o terreno jurídico já está pavimentado para estender os bloqueios a aliados próximos do relator. A análise envolve atos públicos, discursos e posicionamentos considerados atentatórios à democracia e aos direitos humanos.
As sanções não devem ser imediatas, pois dependem de revisão criteriosa das autoridades americanas.
No entanto, diplomatas confirmam que a tendência é de ampliação gradual, seguindo o modelo adotado anteriormente. Isso significa que ministros do STF podem enfrentar, nos próximos meses, congelamento de bens, restrições financeiras e isolamento internacional.
Em reação, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, declarou que a Corte poderá responder de forma política ou até mesmo jurídica. Segundo ele, qualquer medida só deve ser discutida após a conclusão do julgamento dos atos de 8 de janeiro, reforçando que a tensão entre Brasília e Washington ainda deve se intensificar.
O avanço dessas sanções representa não apenas uma pressão externa sobre o STF, mas também um golpe direto na credibilidade do Judiciário brasileiro. Caso sejam confirmadas, terão impacto político imediato e podem aprofundar a crise de confiança que já cerca a mais alta corte do país.