
Os Estados Unidos confirmaram a revogação do visto de Cristina Yukiko Kusahara Gomes, chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi repassada por uma fonte do Departamento de Estado e ocorre em meio ao endurecimento das medidas de Washington contra autoridades brasileiras ligadas ao Judiciário.
Além de Cristina, outras seis pessoas tiveram o visto cassado: Jorge Messias, advogado-geral da União; José Levi, ex-secretário-geral do TSE na gestão de Moraes; Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE; Ayrton Vieira, juiz auxiliar do STF; Marco Antônio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial próximo ao gabinete do ministro.
Esses nomes se somam a uma lista já extensa de autoridades brasileiras que enfrentam restrições nos EUA. Entre elas estão ministros do STF — Luiz Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes —, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
As medidas também atingiram membros do governo federal. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, seu secretário Mozart Júlio Tabosa Salles e o ex-funcionário do governo Alberto Kleiman tiveram os vistos cancelados.
Segundo o Departamento de Estado, as sanções incluem não apenas a cassação de autorizações de entrada já existentes, mas também a proibição de emissão de novos documentos para os afetados e seus familiares diretos. A justificativa oficial é que os envolvidos teriam adotado ações que, na visão de Washington, ferem a liberdade de expressão e afetam a legitimidade do processo democrático no Brasil.