O ministro Gilmar Mendes surpreendeu ao se declarar impedido de participar do julgamento que analisa a prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. O caso está sob relatoria do ministro André Mendonça, que já apresentou voto favorável à manutenção das prisões na 2ª Turma do STF.

Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Nunes Marques têm até o dia 3 de outubro para registrarem seus votos no sistema eletrônico do Supremo. O processo, no entanto, segue em segredo de justiça, o que aumenta as especulações sobre os bastidores da decisão.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, Antônio Carlos Antunes, que nunca foi servidor do INSS, seria responsável por articular uma rede criminosa com pelo menos 22 empresas de fachada. Essas companhias teriam sido utilizadas para movimentações financeiras suspeitas e dissimulação de recursos ilícitos.

Os relatórios apontam que, entre 2022 e 2024, o grupo movimentou cerca de R$ 53,58 milhões, sendo R$ 9,33 milhões direcionados a servidores do INSS ou pessoas ligadas a eles. A apuração identificou ainda a existência de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas em nome de Antunes, reforçando as suspeitas de lavagem de dinheiro.

O afastamento de Gilmar Mendes no julgamento levantou questionamentos sobre suas razões, especialmente por se tratar de um caso de grande repercussão. A atitude foi considerada inusitada até mesmo nos meios jurídicos, já que raramente o ministro se retira de processos dessa natureza.

By Jornal da Direita Online

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