A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil reagiu de forma enfática às recentes sanções impostas contra autoridades ligadas ao ministro Alexandre de Moraes. Em comunicado publicado no perfil oficial no X, a representação diplomática reproduziu declaração do secretário de Estado Marco Rubio, reforçando que as medidas não são aleatórias, mas um aviso claro sobre os limites para quem “ameace os interesses americanos”.
“Os Estados Unidos estão sancionando uma rede-chave de apoio ao violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa e a holding deles, o Instituto Lex. Que isto sirva de aviso a quem ameace os interesses dos EUA”, diz o trecho principal da nota. A embaixada deixa explícito que as sanções visam membros próximos ao círculo do ministro, indicando que há alvos simbólicos e estratégicos.
Entre os alvos estão Viviane Barci, esposa de Moraes, e o Instituto Lex, empresa familiar ligada ao magistrado. Também foram atingidos nomes como Jorge Messias, advogado-geral da União, cujo visto foi revogado, além de ex-secretários do TSE e assessores ligados ao ministro. A ação se dá dentro do escopo da Lei Magnitsky, que permite sanções como congelamento de bens e restrições de entrada nos EUA.
A embaixada destacou que a justificativa oficial das sanções aponta “violações de direitos humanos e medidas arbitrárias atribuídas a Moraes”. A nota sugere que outros atos punitivos poderão ser anunciados em breve, ampliando o alcance das restrições. A postura americana sinaliza que o Brasil está sendo observado sob um crivo internacional mais severo.
Esse posicionamento oficial dos EUA reforça a escalada de atrito entre Brasil e Washington no plano diplomático. Ao sancionar figuras do entorno de Moraes, os EUA demonstram que não estão recuando em frente ao ativismo judicial brasileiro. A resposta americana coloca o governo no Brasil numa situação extremamente delicada, com a soberania nacional pressionada sob escrutínio internacional.