O ex-presidente Jair Bolsonaro segue em prisão domiciliar, medida decretada no inquérito que também investiga nomes como Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo e Silas Malafaia. O detalhe é que, como a PGR não apresentou denúncia formal contra Bolsonaro, a lógica jurídica apontaria para sua imediata libertação.

O impasse, no entanto, está nas mãos de Alexandre de Moraes. Caso o ministro decida soltar Bolsonaro agora, a interpretação inevitável será de que houve um recuo diante das sanções aplicadas pelos Estados Unidos, que atingiram inclusive a esposa do magistrado, enquadrada na Lei Magnitsky.

Esse gesto seria visto como ceder à pressão internacional, algo incompatível com o perfil de Moraes, que tem se mostrado um juiz que sempre dobra a aposta, mesmo quando cercado por críticas internas e externas. Para ele, recuar significaria admitir fragilidade em meio à maior crise política e judicial do Brasil nos últimos anos.

Por outro lado, manter Bolsonaro em prisão domiciliar abre espaço para novas retaliações dos EUA, que já demonstraram disposição em ampliar as sanções. O risco é que outros familiares do ex-presidente sejam atingidos por medidas semelhantes, aumentando a tensão diplomática e expondo ainda mais o isolamento do STF no cenário internacional.

O Brasil, nesse contexto, vive um momento de encruzilhada política: soltar Bolsonaro significaria uma derrota simbólica do sistema diante da pressão externa; mantê-lo preso pode desencadear uma espiral de sanções ainda mais duras. De qualquer forma, a disputa já ultrapassou o campo jurídico e se transformou em um jogo de poder global.

By Jornal da Direita Online

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