
Preso sem provas concretas e agora ameaçado de ser condenado a até 30 anos, o que está sendo feito com o ex-presidente Jair Bolsonaro vai muito além de um processo judicial. Trata-se de uma punição política, cruel e desumana, que deixa clara a mensagem: nenhum candidato de direita ousará enfrentar o sistema novamente. O contraste é evidente: Lula solto, apesar de condenado em três instâncias por corrupção, e Bolsonaro preso, perseguido e silenciado.
O chamado “documento do golpe” jamais passou de uma minuta de Estado de Sítio, mecanismo previsto no artigo 137 da Constituição Federal. Esse dispositivo, que exige consulta prévia ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional, jamais foi executado. Portanto, não havia golpe militar algum, mas apenas discussões sobre uma medida legal, prevista pela própria Carta Magna.
Para compreender a convicção de Bolsonaro, é preciso voltar à facada em 2018. Os médicos afirmaram que sua sobrevivência foi um milagre. Ele acreditava que Deus o havia poupado para liderar o Brasil. Reeleito pela fé popular, enfrentou o sistema que libertou Lula por uma tecnicalidade, sem jamais absolvê-lo. Ainda assim, o petista voltou à disputa presidencial e, com o peso do Bolsa Família transformado em arma eleitoral, foi declarado vencedor.
Bolsonaro jamais aceitou o resultado como legítimo. Em conversas com generais, teria avaliado medidas para proteger o que considerava ser um atentado contra a democracia, mas nada saiu do papel. Hoje, a tentativa de condená-lo a décadas de prisão é mais um passo no plano de aniquilar a direita brasileira, estendendo a ameaça a seus filhos, como Eduardo Bolsonaro, e intimidando qualquer nova liderança conservadora.
Não se trata apenas de um julgamento jurídico. É a tentativa explícita de impor medo e silenciar milhões de brasileiros que acreditam em Bolsonaro e em seus ideais. A pergunta que fica é inevitável: o que o povo fará diante desse ataque político disfarçado de processo judicial?