
O relator do projeto de lei da anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou nesta quinta-feira (18) que não incluirá no texto qualquer dispositivo que cite nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, o projeto precisa ser “genérico e geral para todos”, sem individualizações.
Apesar da resistência do relator, a oposição já articula uma saída política. O PL deve apresentar um destaque de bancada no plenário para votar separadamente uma emenda que beneficie diretamente Bolsonaro. Essa manobra pode neutralizar a chamada “anistia light” e recolocar o ex-presidente no centro do debate.
O regimento interno do Congresso autoriza as bancadas a apresentarem destaques mesmo que emendas tenham sido rejeitadas pelo relator. Com o tamanho de sua bancada, o PL tem direito a quatro destaques, o que dá margem para insistir em uma votação focada na situação de Bolsonaro.
A estratégia é vista como a cartada final da oposição para garantir que a anistia alcance não apenas os manifestantes presos após o 8 de janeiro, mas também o principal alvo de perseguição política no país: Jair Bolsonaro.