
A Justiça decretou nesta quinta-feira (18) a prisão temporária de Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, quarto suspeito apontado no brutal assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros de fuzil na última segunda-feira (15), em Praia Grande (SP). O acusado permanece foragido, e a polícia intensifica as buscas em todo o estado.
Miranda foi identificado a partir do depoimento de Dahesly Oliveira Pires, presa na quarta-feira (17). Segundo a investigação, ele teria solicitado que ela transportasse um dos fuzis usados na execução. Por esse serviço, Dahesly recebeu R$ 1,5 mil, quantia que teria sido parcialmente usada para pagar dívidas pessoais. Um carro ligado a Miranda também foi encontrado, mas a polícia ainda apura se foi utilizado na fuga dos criminosos ou apenas no transporte das armas.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou ainda a identidade de outros dois envolvidos: Felipe Avelino da Silva, conhecido como Masquerano, de 33 anos e com ligações com o PCC, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, investigado por participação em outros homicídios. Segundo o secretário Guilherme Derrite, “não resta dúvida” sobre a participação do crime organizado na execução do ex-delegado.
As autoridades trabalham com duas linhas principais: a de que o homicídio pode estar relacionado ao trabalho de Fontes na Secretaria de Administração de Praia Grande, ou a de que se trate de vingança contra sua atuação como delegado-geral, cargo no qual foi pioneiro no combate ao PCC. As investigações continuam com análise de câmeras de segurança e novos depoimentos para reconstruir a dinâmica do crime.