A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17) Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da PF em Minas Gerais e conhecido por ter conduzido inicialmente as investigações sobre a facada contra Jair Bolsonaro em 2018. Segundo as apurações, ele atuava como sócio oculto em empresas ligadas à mineração ilegal, podendo lucrar cerca de R$ 27 milhões sem ter investido um centavo.

A operação “Rejeito” revelou um esquema sofisticado que envolvia corrupção de servidores federais e estaduais, para liberar licenças ambientais fraudulentas em áreas tombadas, como a Serra do Curral (BH) e a Serra de Botafogo (Ouro Preto). Estima-se que o grupo tenha movimentado R$ 1,5 bilhão. Documentos mostram que os direitos minerários recebidos gratuitamente poderiam alcançar até US$ 70 milhões no mercado.

As investigações apontam que a Brava Mineração, da qual a empresa GMAIS Ambiental (ligada a Teixeira) detinha 13,3%, receberia 6% do faturamento bruto da exploração de minério, o que poderia render mais de R$ 200 milhões ao longo de décadas de atividade. Só a fatia de Rodrigo garantiria aproximadamente R$ 27 milhões. O grupo ainda criava empresas de fachada e usava endereços falsos para mascarar as operações.

A ação atingiu também integrantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Secretaria de Meio Ambiente de Minas, revelando a extensão da rede criminosa. Foram encontrados carros de luxo, vinhos de até R$ 50 mil, armas e obras de arte em endereços ligados ao esquema. Os investigados responderão por corrupção, lavagem de dinheiro, crimes ambientais, organização criminosa e usurpação de bens da União.

Rodrigo Teixeira foi exonerado da PF em fevereiro de 2019, logo após a posse de Bolsonaro, e depois assumiu cargos na gestão de Alexandre Kalil em Belo Horizonte e no Serviço Geológico do Brasil. Em nota, o SGB declarou compromisso com a ética e disse colaborar com as autoridades. A ANM e o governo de Minas ainda não se pronunciaram oficialmente.

By Jornal da Direita Online

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