
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (17) alterar a forma como será feita a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em deslocamentos para hospitais. O magistrado retirou a participação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e determinou que a tarefa passe a ser feita exclusivamente pela Polícia Federal (PF) ou pela Polícia Penal.
Segundo a decisão, a medida vale para qualquer transporte ou deslocamento de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. O GSI continuará responsável apenas pela segurança da família do ex-presidente. Moraes ainda ordenou que a decisão fosse comunicada com urgência à PF, à Polícia Penal e ao próprio GSI.
O episódio ocorreu após a internação de Bolsonaro no último domingo (14), no hospital DF Star, em Brasília. Na ocasião, imagens mostraram que o ex-presidente demorou alguns minutos para entrar no carro na saída do hospital. O fato gerou questionamentos de Moraes, que pediu explicações sobre o motivo da demora no “transporte imediato” do custodiado.
Na segunda-feira (15), o ministro já havia solicitado à Polícia Penal do Distrito Federal um relatório detalhado sobre a operação, incluindo informações sobre o veículo utilizado, os agentes que acompanharam Bolsonaro e o procedimento de escolta realizado até o hospital. A decisão desta quarta aprofunda as restrições e retira do GSI qualquer responsabilidade direta sobre o ex-presidente.
O afastamento do GSI é interpretado como mais uma tentativa de Moraes de limitar a influência de aliados de Bolsonaro em torno de sua segurança. A mudança reforça a pressão e amplia o clima de cerco contra o ex-presidente, que continua sendo alvo de perseguição política no país.
Resumo: Moraes decidiu retirar o GSI da escolta de Bolsonaro, entregando a função à Polícia Federal ou à Polícia Penal. A medida ocorre após a ida do ex-presidente ao hospital DF Star e amplia as restrições sobre sua segurança.