
Durante sessão da CCJ da Câmara nesta quarta-feira (17), o ex-assessor do TSE, Eduardo Tagliaferro, fez declarações bombásticas sobre a perseguição sofrida pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ele afirmou que, quando Alexandre de Moraes presidia a Corte Eleitoral, havia ordens expressas para monitorar postagens da parlamentar com frequência absurda — em alguns casos, quatro vezes por semana.
Segundo Tagliaferro, Zambelli era um dos principais alvos do então presidente do TSE, ao lado de outros nomes de direita como Allan dos Santos, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo. O ex-assessor revelou que havia um verdadeiro “pente fino” sobre cada publicação, com pessoas destacadas exclusivamente para vigiar suas redes sociais.
Ele ainda ressaltou que o monitoramento não incluía perfis da esquerda, revelando um claro viés político. Para Tagliaferro, a intenção era “prejudicar” Zambelli, reforçando o que parlamentares da oposição denunciam há tempos: o uso das instituições para perseguir adversários políticos do governo Lula.
O depoimento fortalece a defesa de Zambelli no processo que pode levar à cassação de seu mandato e abre mais um flanco de críticas ao ministro Moraes, acusado de usar o aparato do TSE para silenciar opositores e criminalizar vozes conservadoras.