
Detida desde 29 de julho na Itália, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) redigiu uma carta em que acusa o ministro Alexandre de Moraes de perseguição política. O documento, escrito em 3 de setembro e divulgado pela imprensa, reforça a narrativa de que sua condenação foi uma retaliação por ter atuado contra a indicação de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na carta, Zambelli recorda que, à época da nomeação de Moraes, procurou o então presidente Michel Temer para tentar convencê-lo a desistir da escolha. Além disso, relatou ter se reunido com ativistas e colegas políticos para impedir a indicação. “Moraes queria a minha cabeça desde quando falei de sua ficha e me encontrei com Temer e com colegas ativistas para não indicá-lo ao STF”, escreveu.
A deputada ainda citou o depoimento recente de Eduardo Tagliaferro, ex-perito do TSE que denunciou abusos de Moraes. Para Zambelli, as revelações reforçam sua versão de que foi alvo de uma perseguição planejada. “Com isso, só provamos cada vez mais a minha inocência! Espero e estou confiante de que conseguirei provar que isso não passou de perseguição política”, declarou.
Em tom emocionado, Zambelli disse estar pronta para enfrentar o processo em nome da liberdade do Brasil: “Se tiver que passar por tudo o que estou passando para ajudar o Brasil a ser um país livre e democrático, podem contar sempre comigo. Deus está me dando forças! Ele é meu pastor e nada me faltará. Amo o Brasil, amo os brasileiros”.