
Entre os 121 mortos na megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, foi identificado o traficante Lucas Gabriel Conceição, conhecido no submundo do crime como “Mata Rindo”. Natural de Chapadinha (MA), ele havia fugido de sua cidade natal após cometer diversos crimes e acabou se integrando à principal facção do estado fluminense, atuando nas comunidades dominadas pelo grupo.
De acordo com as investigações, Mata Rindo exercia a função de contenção — responsável por vigiar acessos, proteger bocas de fumo e alertar comparsas sobre a chegada da polícia. Nas redes sociais, o criminoso se apresentava como “Luca” ou “Bé”, exibindo fotos com armas de grosso calibre e símbolos da facção. O apelido, segundo a polícia, refletia a frieza e crueldade com que atuava. Ele circulava entre os complexos da Penha e do Alemão, regiões comandadas pelo traficante Doca da Penha, um dos líderes máximos do Comando Vermelho.
A operação que resultou em sua morte foi uma das maiores já realizadas no Rio. Segundo a Polícia Civil, 113 criminosos foram presos, e as forças de segurança apreenderam fuzis, granadas e armamentos de guerra, alguns com origem venezuelana, o que levanta preocupações sobre o tráfico internacional de armas. A ação mobilizou 2.500 agentes e teve como principal objetivo retomar o controle de territórios dominados pelo tráfico e interromper a rede de financiamento das facções.
Enquanto setores da esquerda criticam a operação, alegando “excesso de letalidade”, especialistas em segurança afirmam que ela representa um golpe decisivo contra o crime organizado. O caso de “Mata Rindo” simboliza a dimensão nacional da criminalidade, que não respeita fronteiras estaduais e transforma comunidades inteiras em reféns. A morte do maranhense, agora confirmada, mostra que o Comando Vermelho tem braços em diversos estados, e que o enfrentamento direto continua sendo a única forma de restaurar a ordem no Rio de Janeiro.
