
O Partido dos Trabalhadores destinou R$ 5,5 milhões em emendas parlamentares ao longo de sete anos para a Fundação que gerencia a TV dos Trabalhadores (TVT), emissora ligada a sindicatos e alinhada ao governo Lula. Os recursos foram alocados por 21 deputados e senadores petistas, incluindo ministros como Gleisi Hoffmann, Alexandre Padilha e Paulo Teixeira, a fim de custear programação e infraestrutura do canal.
Os valores financiados pela TVT incluem convênios com a EBC: R$ 1,8 milhão para equipamentos e R$ 800 mil para produção de 100 programas jornalísticos. Parlamentares justificam a destinação como apoio à “comunicação inclusiva”, abordando temas como periferia, juventude e movimentos sociais.
Críticos apontam que o uso de recursos públicos para alimentar um veículo pró-governo representa estratégia de influência midiática e possível desvio de finalidade. Especialistas e opositores afirmam que a manobra coloca o PT em vantagem injusta, usando dinheiro do contribuinte para reforçar sua narrativa política nas redes e na TV.
O fato tem potencial para ser investigado pelo TSE ou CGU, que já monitoram o uso de emendas impositivas no Congresso. O debate sobre ética partidária e transparência volta ao centro, com opositores exigindo responsabilização por financiamento governista de conteúdo editorial.