
O movimento SOS AGRO RS soou o alarme e reuniu prefeitos, parlamentares e entidades em um grito de socorro diante da ameaça fiscal que se abate sobre a agroindústria. Liderado pela Famurs, o encontro suprapartidário aconteceu para denunciar os efeitos catastróficos que decretos do governo Lula e a Medida Provisória 1.303 podem trazer ao campo e à mesa do brasileiro. O agro, responsável por sustentar boa parte da economia nacional, está sendo sufocado por medidas que aumentam custos e colocam pequenos produtores à beira do colapso.
Entre as medidas urgentes exigidas pelo movimento, estão: refinanciamento de dívidas rurais com prazos de até 25 anos e juros limitados a 3% ao ano; criação de um fundo garantidor para crédito agrícola; ampliação do financiamento subsidiado e investimento em irrigação. Além disso, foi pedido o fim da ameaça de tributar produtos da cesta básica — uma proposta absurda que pode encarecer itens essenciais como arroz, feijão, leite, ovos e carne, penalizando justamente as famílias mais pobres.
O movimento também denuncia o plano de tributar insumos fundamentais para a produção agropecuária, como fertilizantes, sementes e defensivos. Essa política insana terá impacto direto no preço da safra e afetará os pequenos e médios produtores, que já enfrentam dificuldades para acessar crédito e manter suas operações. Com isso, os alimentos vão encarecer, a inflação pode disparar, e o povo será quem mais vai pagar a conta da incompetência do governo petista.
Outro ponto grave apontado pelos produtores é o ataque ao financiamento rural por meio da tentativa de tributar LCAs, FIAGROs e outros instrumentos usados no setor. Em 2024, quase metade do crédito rural veio dessas fontes. Tributar esses meios equivale a sabotar o próprio Plano Safra — e a consequência pode ser um colapso na produção, aumento dos preços nos supermercados e desemprego no campo.
A cobrança de IOF sobre remessas internacionais e royalties também foi criticada com veemência. Essa medida encarece a compra de tecnologia agrícola e afeta diretamente a logística do setor. Ou seja, o governo quer taxar até o avanço e a inovação — e tudo isso sem gerar benefício real à arrecadação. O objetivo parece mais político do que técnico: quebrar o agro que ousa desafiar o petismo.
No encerramento do encontro, a presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, deu o tom da indignação: “Chegou a hora de deixarmos de lado as diferenças ideológicas e partidárias e nos unirmos em torno de uma causa maior: a sobrevivência do agricultor, da economia dos nossos municípios e do nosso estado”. A frase resume o espírito de resistência contra um governo que, mais uma vez, ataca o Brasil que produz.