
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel e nascido no Brasil, respondeu com firmeza a um comentário infeliz feito por Eliane Cantanhêde, da GloboNews. Em vídeo publicado neste domingo (22), Rozenszajn criticou a forma como a jornalista tratou as mortes em solo israelense e deu uma verdadeira aula sobre defesa e respeito à vida.
Na sexta-feira (20), Cantanhêde questionou, ao vivo, por que os mísseis iranianos não causam muitas mortes em Israel. “Tem somente uma mortezinha daqui, outra dali”, afirmou a comentarista, gerando indignação nas redes sociais. A resposta veio direto da cidade de Ness Ziona, onde um míssil iraniano havia acabado de cair: “Porque nós nos preocupamos com nossos civis”, rebateu o militar israelense.
Rozenszajn explicou que, enquanto Israel investe em bunkers, hospitais e sistemas de defesa como o Domo de Ferro, seus inimigos constroem túneis e armas, expondo a própria população como escudo humano. “O Irã lançou mais de 500 mísseis balísticos em uma semana. Menos de 10% chegaram ao seu destino. Imagine se todos tivessem atingido seus alvos”, concluiu o porta-voz.
O major também expôs o boicote da emissora: “Estive no ar em dezenas de canais no Brasil. Menos na GloboNews. Marcaram entrevista, cancelaram. Reagendaram, cancelaram de novo.” A postura da jornalista foi tão desastrosa que ela teve que recuar e, já na madrugada de domingo, publicou um pedido de desculpas, alegando que se expressou mal e foi mal interpretada.
O episódio reacende a discussão sobre o viés ideológico da mídia brasileira, que muitas vezes relativiza o terrorismo e inverte os papéis entre agressores e vítimas — postura inaceitável diante de um conflito tão grave.