
Um grupo de 16 parlamentares da União Europeia protocolou nesta quarta-feira um pedido formal para que o bloco aplique sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A solicitação foi encaminhada à Alta Representante da UE para Relações Exteriores, exigindo medidas semelhantes às adotadas pelos Estados Unidos. Os eurodeputados afirmam que o Brasil vive um cenário de perseguição política e censura promovida por decisões arbitrárias do Judiciário.
A iniciativa é liderada pelo deputado polonês Dominik Tarczyński e conta com apoio de parlamentares de diferentes países ligados a partidos de direita. Eles alegam que Moraes viola princípios básicos de direitos humanos, como liberdade de expressão e garantias individuais. O grupo defende que a União Europeia tem responsabilidade de agir quando autoridades estrangeiras atacam liberdades democráticas.
Na carta enviada à Comissão Europeia, os deputados pedem congelamento de bens, bloqueio de contas e suspensão de vistos de Moraes e de outros magistrados envolvidos em atos de censura contra opositores do governo Lula. A proposta segue a linha das sanções já aplicadas pelos EUA, que colocaram o ministro na lista da Lei Magnitsky, usada para punir agentes de violações graves de direitos.
O movimento pressiona a diplomacia brasileira, que tenta evitar uma crise internacional maior. Até o momento, o governo Lula não apresentou plano efetivo para conter o desgaste de imagem do país após a ofensiva dos EUA e a repercussão global da atuação do STF. A falta de reação política só fortalece o discurso de perseguição denunciado por parlamentares estrangeiros.
Para setores conservadores, essa articulação internacional expõe o isolamento do STF e do governo brasileiro. A pressão de fora confirma que as denúncias de censura e autoritarismo não são apenas narrativas internas, mas estão sendo observadas e condenadas por líderes globais comprometidos com a liberdade de expressão.
Caso a União Europeia acate o pedido, Moraes poderá enfrentar bloqueio de recursos em bancos internacionais, restrição de viagens e sanções de longo prazo. A crise diplomática tende a se aprofundar, colocando o Brasil no centro de um debate mundial sobre abuso de poder judicial e supressão de direitos fundamentais.