
Segundo reportagens da GloboNews, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal prepara-se para julgar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) até o final de 2025, por suspeita de tentativa de interferência no julgamento da Ação Penal do 8 de Janeiro. Caso a condenação ocorra, Eduardo poderá perder o mandato e ficar inelegível, o que tem implicações sérias para seu futuro político e o dos apoiadores.
A acusação contra ele é de “crime de coação no curso do processo”, um delito que não exige sucesso no resultado da interferência, bastando a tentativa ou a ação voltada a influenciar indevidamente processos judiciais. O prazo anunciado pela mídia preocupa o parlamentar que, além de defender livre expressão, tem buscado minimizar o impacto político dessa acusação.
Parlamentares avaliam que há risco de uso político da Justiça: afirmam que essa expectativa de julgamento antecipa julgamento de mérito e padece de parcialidade. A bancada também investe em discursos que este seria mais um exemplo de ataque institucional a vozes opositoras ao governo.
Na esfera legal, especialistas apontam que os prazos até o fim do ano enfrentam obstáculos práticos: recursos, análise de provas e eventuais decisões de mérito exigem tempo. Além disso, eventuais manobras de defesa poderiam atrasar o processo. Mesmo assim, há consenso de que o processo deverá se desenrolar com celeridade, dada a relevância política do acusado.
O ambiente político já reage: aliados de Eduardo convocam manifestações de apoio, enquanto opositores defendem que o STF precisa agir sem pressa, mas com firmeza, para evitar impunidade. A expectativa é que esse caso entre na agenda de temas sensíveis até a eleição de 2026, sendo usado como munição política para ambos os lados.