
O Lex Instituto de Estudos Jurídicos, controlado pela família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), passou a ser cogitado pelo governo Donald Trump como alvo de possível extensão das sanções da Lei Magnitsky, já aplicadas ao magistrado. A entidade, fundada por Moraes em 2000, concentra 11 imóveis declarados, avaliados em cerca de R$ 12,4 milhões, incluindo a residência do ministro em São Paulo.
A partir de 2013, o instituto foi transferido para a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, e para os filhos Alexandre, Giuliana e Gabriela. Entre os bens do Lex estão: a casa de Moraes no Jardim Europa, em São Paulo; a sede do escritório de Viviane; apartamentos em Campos do Jordão; terrenos em São Roque; além de imóveis que já foram vendidos, como um apartamento de 387 m² no Guarujá (SP) e uma vaga para barcos, negociados juntos por quase R$ 1,4 milhão.
Segundo reportagens, a transferência dos imóveis ao Lex ocorreu ao longo de 2014, quando Moraes cogitava disputar um cargo político. Dois apartamentos de luxo em Campos do Jordão, no valor de R$ 4 milhões cada, foram adquiridos diretamente pelo instituto. Além dos imóveis, a lista de bens também inclui veículos, reforçando a estrutura patrimonial da entidade.
O endereço do Lex coincide com o do escritório Barci de Moraes, atualmente comandado por Viviane, o mesmo onde Alexandre de Moraes atuava na advocacia antes de assumir cargos públicos. Questionado pela imprensa, o ministro se recusou a comentar os bens vinculados ao instituto. Nos EUA, a existência desse patrimônio já estaria sob análise das autoridades, como destacou o jornalista Paulo Figueiredo, lembrando que o caso pode fortalecer o cerco internacional contra o magistrado.