
A acareação entre Mauro Cid e o coronel da reserva Marcelo Câmara, realizada em 13 de agosto de 2025 no Supremo Tribunal Federal (STF), foi interrompida pelo ministro Alexandre de Moraes. O motivo foi a suspeita de que o advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo estivesse utilizando o celular para fazer gravações da audiência. A prática é proibida por determinação expressa do próprio ministro. Moraes solicitou que um agente de segurança verificasse o aparelho. O advogado entregou o telefone e a senha para conferência.
O ministro afirmou que gravações não autorizadas poderiam comprometer a condução do ato processual. Segundo Moraes, a acareação era um ato de instrução judicial, e não um momento para manifestação da defesa. Por isso, determinou o cumprimento imediato da norma que proíbe o uso de dispositivos eletrônicos. O advogado manifestou-se contrário à abordagem e alegou sentir-se desrespeitado. A situação gerou um clima tenso dentro da sala de audiência.
O episódio foi registrado oficialmente em ata, com a anotação da divergência entre ministro e defesa. Moraes manteve sua posição, argumentando que a regra é aplicada de forma igual para todos os advogados presentes. O ato seguiu posteriormente, após a checagem do celular não apontar gravação em andamento. O incidente evidenciou o nível de controle exercido pelo STF sobre procedimentos internos. A medida foi classificada como preventiva pelo ministro.
A defesa de Marcelo Câmara questionou a legalidade da proibição de uso de celulares em audiências. Argumentou que a restrição pode ferir prerrogativas da advocacia previstas em lei. Especialistas consultados afirmaram que o assunto pode gerar debate jurídico. O caso ganhou repercussão por envolver um advogado experiente e conhecido no meio jurídico. Ainda não há definição sobre eventuais medidas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o fato.
A acareação fazia parte de investigações que apuram supostos crimes atribuídos a Mauro Cid e Marcelo Câmara. O processo está sob relatoria de Alexandre de Moraes no STF. A coleta de depoimentos é considerada estratégica para a elucidação dos fatos. O caso segue em sigilo judicial, mas com pontos divulgados à imprensa. O episódio reforça a tensão presente em audiências de grande repercussão política e jurídica.