
Quando se fala em Gleisi Hoffmann (PT), as coincidências nunca parecem tão inocentes. A TAP (Táxi Aéreo Piracicaba), empresa apontada em investigações da Polícia Federal como responsável por transportar foragidos ligados ao PCC, também prestou serviços tanto para a presidente do PT quanto para o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
Os registros oficiais mostram que, em 24 de outubro de 2022, o PSB pagou R$ 50 mil para fretar um voo da TAP. O trajeto foi realizado no dia seguinte, partindo de São Paulo para Alfenas (MG), depois Lavras (MG) e retorno a São Paulo. Já em 16 de maio de 2023, foi a vez do PT desembolsar R$ 108.708 para contratar a mesma empresa em um voo no dia 20 de maio, saindo de Belo Horizonte (Pampulha) para Teófilo Otoni (MG), Montes Claros (MG) e, por fim, Brasília (DF).
Apesar de não haver indícios de ilegalidade nos contratos de Alckmin e Gleisi, o fato de ambos recorrerem à mesma empresa investigada pela PF causa estranheza. Afinal, não se trata de uma companhia qualquer, mas de uma que já aparece no radar das autoridades pela suspeita de facilitar ações do crime organizado.
Coincidência ou não, o episódio reforça a percepção de que setores da esquerda não se importam em se aproximar de ambientes, no mínimo, nebulosos. E quando figuras como Gleisi e Alckmin estão no centro dessas conexões, a sociedade tem todo o direito de desconfiar.