A ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ganhou novo capítulo nesta sexta-feira (1º). O ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da parlamentar um processo no qual ela responde por ter perseguido um homem com arma de fogo, em outubro de 2022, episódio que já havia gerado polêmica durante a última campanha eleitoral.

A decisão foi tomada após o caso voltar à pauta do STF, com a liberação do julgamento por Nunes Marques, que havia pedido vista. Antes da interrupção, já havia maioria formada pela condenação de Zambelli, com votos favoráveis de Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. No processo, a defesa alegou que a deputada possuía porte de arma válido, argumento rejeitado por Gilmar: “O porte de arma não autoriza perseguir pessoas em via pública quando não há risco à integridade física própria ou de terceiros”, afirmou o ministro.

A parlamentar, que está presa em Roma desde o início da semana, já havia sido condenada por falsidade ideológica e invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), processo relatado por Alexandre de Moraes que lhe impôs pena de dez anos de detenção. Zambelli foi capturada após quase dois meses foragida, período em que buscou evitar sua prisão no Brasil.

Durante a audiência de custódia, a Corte de Apelação de Roma decidiu mantê-la em regime fechado. A deputada, que possui cidadania italiana, declarou-se inocente e vítima de perseguição política, afirmando que não pretende ser extraditada para o Brasil. “A deputada respondeu muito bem às perguntas, disse ser alvo de perseguição política e não deseja voltar ao país nestas condições”, disse seu advogado, Angelo Alessandro Sammarco.

O processo de extradição pode levar até dois anos, passando pela Corte de Apelação, pela Corte de Cassação (instância máxima italiana) e, por fim, dependerá da decisão do Ministério da Justiça da Itália, sob comando do governo de Giorgia Meloni. A defesa ainda poderá recorrer à Justiça administrativa para tentar evitar a entrega da parlamentar às autoridades brasileiras.

By Jornal da Direita Online

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