
Documentos públicos revelam que a família do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é proprietária de um luxuoso apartamento avaliado em US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 22 milhões), localizado em Brickell, área nobre de Miami. O imóvel, com 158 metros quadrados e vista para o mar, está registrado em nome de uma empresa offshore, atualmente controlada por Bernardo Van Brussel Barroso, filho do ministro e investidor internacional.
A revelação surge em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, após o governo de Donald Trump incluir Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky por violações de direitos humanos, censura política e perseguição a opositores. Caso o cerco americano se estenda a outros ministros do STF e seus familiares, a propriedade da família Barroso em Miami pode ter bens bloqueados, contas congeladas e restrição de uso imediato, seguindo o modelo aplicado a Moraes.
A presença de autoridades do Judiciário brasileiro com imóveis de alto valor nos EUA levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e exposição internacional. Enquanto ministros brasileiros decidem processos que atingem a liberdade de expressão e a democracia no país, possuem patrimônio milionário em território americano, sujeito às mesmas leis que agora atingem Moraes.
O governo Trump já sinalizou que novas sanções podem ser aplicadas contra ministros que continuarem a endossar censura, prisões arbitrárias e abuso de poder, colocando Barroso e Gilmar Mendes na mira. Caso o presidente do STF seja incluído na lista, o apartamento em Miami poderá ser bloqueado até que haja comprovação de conduta compatível com os princípios democráticos defendidos pelos EUA.
O caso reforça a imagem de um Supremo Tribunal Federal cada vez mais isolado no cenário internacional, acusado de usar a Justiça como arma política contra opositores, enquanto mantém conexões e patrimônio milionário fora do país. A pressão global contra a “supremocracia” brasileira tende a aumentar nas próximas semanas.