
O governo dos Estados Unidos revogou os vistos do senador e ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ampliando as restrições impostas anteriormente a autoridades brasileiras. A medida ocorre em meio a uma reta diplomática tensa entre os dois países, e atingiu ainda outros altos representantes do Judiciário e PES-Executivo.
A revogação se soma às já impostas contra ministros do STF e seus familiares, configurando uma clara estratégia de punição legal e política. Embora o Departamento de Estado não tenha divulgado publicamente a lista oficial dos sancionados, a informação foi confirmada por fontes próximas à administração americana. A ação simboliza uma retaliação direta contra decisões judiciais que envolvem temas caros aos EUA.
Em Brasília, a notícia reacendeu tensões institucionais. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil repudiou a decisão, chamando-a de intervenção indevida na soberania nacional. Parlamentares da base e da oposição expressaram críticas à medida e apontam que ela pode enfraquecer o diálogo já tumultuado entre os dois governos.
Especialistas em direito internacional afirmam que a revogação de vistos prejudica não apenas agendas diplomáticas e participação em eventos oficiais, mas também representa uma clara mensagem de pressão em meio à guerra comercial e judicial em curso. As autoridades atingidas se veem impedidas de transitar livremente, o que embute riscos logísticos e simbólicos.
O episódio sinaliza um momento crítico nas relações Brasil-EUA, com impactos concretos na diplomacia e no sistema político interno. A escalada traz à tona questões sobre limites institucionais e como estados democráticos devem se posicionar diante de sanções externas tão impactantes.