
Nenhum dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) esteve presente no desfile de 7 de Setembro realizado em Brasília. A ausência conjunta ocorre em um cenário de forte instabilidade política e de crescente desgaste do governo Lula, tanto no Brasil quanto no exterior. O fato chamou a atenção justamente porque, historicamente, a cúpula do Judiciário sempre marcou presença em eventos desse porte, reforçando a ideia de equilíbrio institucional.
No plano interno, o país acompanha o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo próprio STF, acusado de liderar uma suposta tentativa de ruptura institucional. Paralelamente, no campo internacional, os Estados Unidos decidiram impor sanções severas contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo e figuras ligadas ao governo petista, o que agrava ainda mais o isolamento do Brasil na cena global. O episódio escancara as contradições entre o discurso oficial e a realidade política enfrentada.
Tradicionalmente, parte da cúpula do Judiciário costuma prestigiar o desfile cívico-militar, participando do palanque oficial como gesto simbólico de união entre os Poderes. Porém, neste ano, a Esplanada dos Ministérios teve baixa adesão de público e também de autoridades.
A ausência dos ministros do STF foi interpretada por analistas como um gesto claro de distanciamento institucional entre a Suprema Corte e o Palácio do Planalto, em um momento em que o governo Lula tenta desesperadamente passar a ideia de normalidade democrática.
A tentativa de Lula de projetar uma imagem de estabilidade contrasta diretamente com a falta de apoio visível durante a cerimônia. A ausência dos ministros enfraquece o discurso petista e reforça a percepção de que o governo está politicamente isolado. Em meio a um ambiente de desconfiança, a situação expõe a fragilidade das relações entre os Poderes, gerando dúvidas sobre os rumos do país e sobre a real capacidade de governabilidade do atual presidente.
O cenário confirma a gravidade do momento político brasileiro, onde o Supremo, cada vez mais contestado por suas ações e decisões, escolheu se ausentar de um evento simbólico para a nação.
Essa postura, somada à rejeição popular crescente e às pressões internacionais, coloca em xeque a narrativa oficial de que o país vive uma “democracia fortalecida”. A verdade é que o distanciamento entre Judiciário e Executivo se tornou um fato inegável, e a ausência no 7 de Setembro foi apenas mais uma prova do enfraquecimento do governo Lula.