
Durante depoimento à Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos EUA, Mike Benz, afirmou que o Grupo Globo teria inflado os dados da pandemia da Covid-19 de forma exagerada, com o objetivo de prejudicar a imagem do então presidente Jair Bolsonaro. O posicionamento causou repercussão imediata, gerando debate político e midiático.
Benz referiu-se ao noticiário sobre os números da pandemia como uma “censura indireta” e parte de uma narrativa favorável à oposição do governo brasileiro. Ele classificou o comportamento da imprensa como manipulativo e direcionado, embora não tenha apresentado evidências públicas como documentos ou arquivos de checagem para sustentar suas acusações.
A declaração reacende a tensão entre o governo e grandes veículos de comunicação, especialmente no campo ideológico. O episódio levanta a questão de quais limites existem entre cobertura jornalística e influências políticas, bem como o papel da mídia em manter a neutralidade informativa durante crises de saúde.
Representantes do Grupo Globo ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a acusação, enquanto apoiadores de Bolsonaro utilizaram a fala de Benz para fortalecer narrativas conspiratórias sobre parcialidade da imprensa. O tema segue em destaque nas redes sociais e em discussões de bastidores do Congresso.
O depoimento de Benz pode ganhar desdobramentos adicionais conforme a Comissão analise os fatos apresentados. Esse tipo de afirmação tem o potencial de influenciar propostas legislativas relacionadas à regulação da mídia, fiscalização de conteúdos e transparência jornalística.