
Eduardo Bolsonaro deve manter seu mandato de deputado federal, mesmo diante dos quatro pedidos de cassação apresentados contra ele. As solicitações serão avaliadas pelo Conselho de Ética da Câmara, que hoje possui composição majoritariamente de direita, fator que pesa fortemente a favor do parlamentar.
O Partido Liberal (PL), sigla de Eduardo e a maior bancada do conselho, conta com nomes de peso como Cabo Gilberto Silva, Domingos Sávio, Gustavo Gayer e Marcos Polon, além de suplentes como Paulo Bilynskyj, Fernando Rodolfo, Rodrigo da Zaeli e Sargento Gonçalves. Essa presença expressiva garante ao filho do ex-presidente apoio sólido em um momento decisivo.
Outros partidos de centro e direita, como União Brasil, PP, MDB, PSD e Republicanos, também possuem representação relevante, com dois integrantes cada. Já o PODE conta com um membro no colegiado. O equilíbrio político, portanto, favorece a manutenção do mandato, já que há maioria alinhada com a oposição ao governo Lula.
Na esquerda, a resistência é menor. O PT soma três representantes, enquanto PDT e PSOL contam com apenas um cada. Apesar da desvantagem numérica, os debates devem ser acalorados e ideologicamente tensos, evidenciando a polarização atual do país. Ainda assim, o cenário aponta para um desfecho positivo a Eduardo.
Enquanto isso, o deputado acompanha de perto o andamento das discussões diretamente dos Estados Unidos, em sintonia com a Casa Branca. A posição internacional de Eduardo reforça sua influência política e amplia a repercussão sobre o destino de um dos principais nomes da oposição no Brasil.