
O cerco dos Estados Unidos ao Supremo Tribunal Federal parece ganhar novos contornos. Agora, não apenas os ministros estariam na mira das sanções previstas na Lei Magnitsky, mas também seus familiares. A medida, que permite bloqueio de bens e restrições de visto, é aplicada contra envolvidos em violações de direitos humanos e corrupção, criando um clima de tensão entre Brasília e Washington.
Nos bastidores, informações dão conta de que autoridades americanas estariam coletando dados patrimoniais e de movimentações financeiras de parentes próximos de ministros. A iniciativa amplia o alcance das possíveis punições, atingindo não só os diretamente citados, mas também quem se beneficia de eventuais irregularidades. Isso eleva a pressão sobre o STF, já abalado pela repercussão internacional.
A estratégia dos EUA é vista como um recado duro: se confirmadas irregularidades, não haverá blindagem institucional capaz de proteger patrimônios ou deslocamentos internacionais. A Lei Magnitsky vem sendo utilizada como ferramenta de pressão em diferentes países, e sua eventual aplicação no Brasil representa um constrangimento sem precedentes para a cúpula do Judiciário.
Enquanto ministros tentam minimizar publicamente a gravidade da situação, a possibilidade de sanções contra familiares cria um ambiente de insegurança e ameaça a imagem do STF no exterior. Caso o cerco se confirme, o desgaste político e diplomático poderá ser irreversível, acirrando ainda mais a crise entre os dois países.