
Os governos dos EUA e da Argentina deram um passo decisivo ao reatar o processo para reintegrar a Argentina ao programa de isenção de visto (Visa Waiver Program). Um memorando de intenções foi assinado pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, junto aos ministros argentinos, marcando o início formal das negociações.
O acordo preliminar reconhece que a Argentina possui atualmente a menor taxa de permanência irregular nos EUA entre países latino-americanos, além de um crescimento de 25% no número de argentinos viajando para os EUA nos primeiros meses de 2025. Esses indicadores justificam a abertura do diálogo dentro do programa.
Isso significa que, se as exigências técnicas e de segurança forem cumpridas, os cidadãos argentinos poderão viajar por até 90 dias sem visto — com uso do sistema ESTA, muito mais simples e barato do que o visto tradicional. A expectativa é que a efetivação do processo leve entre dois e três anos.
Essa política reforça a aliança entre o presidente argentino Javier Milei, aliado declarado de Trump, e a Casa Branca americana. A cooperação bilateral é vista como uma forma de reconhecimento à mudança de postura liberal da Argentina e ao alinhamento ideológico com Washington.
O Brasil, por outro lado, permanece isolado nesse processo. Enquanto Argentina se beneficia da futura isenção, o governo Lula enfrenta retaliação com tarifas de 50%, revogação de vistos e ausência de canal diplomático privilegiado com Trump, ampliando o fosso entre os dois países.
Para conservadores no Brasil, o contraste evidencia que uma política externa alinhada com a Casa Branca resulta em benefícios diretos à população — enquanto alianças ideológicas na América do Sul garantem avanços práticos, o isolamento nacional perpetua prejuízos e falta de acesso.