
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, deixou os Estados Unidos em 14 de julho, apenas quatro dias antes do anúncio da revogação dos vistos de vários ministros por parte do governo Trump. A viagem, registrada em dados públicos, reforça a suspeita de que havia informação antecipada sobre a retaliação.
O Departamento de Estado dos EUA, liderado por Marco Rubio, suspendeu os vistos de ministros como Alexandre de Moraes, Barroso e outros aliados do Supremo, em retaliação às medidas judiciais contra o ex‑presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorreu logo após operação da PF e imposições como tornozeleira.
Barroso, que chegou aos EUA em 4 de julho e saiu no dia 14, evitou ser pego de surpresa pela ação diplomática norte-americana. A movimentação já era esperada por parte da corte, indicando possível uso da viagem como estratégia preventiva por parte do ministro.
O episódio expõe a tensão entre Brasil e EUA, e põe em xeque a força do STF nas decisões internacionais. Para a ala conservadora, a antecipação revela alinhamento político da corte e coloca em risco a soberania do país e o princípio de isenção judicial.