Em mais um gesto que expõe a fragilidade da política externa europeia, o presidente da França, Emmanuel Macron, criticou os recentes ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, classificando-os como ações “sem base legal”. A fala ocorreu nesta segunda-feira (23), durante visita oficial à Noruega, em meio ao avanço do programa nuclear do Irã.
Macron afirmou que, embora o objetivo de conter o regime iraniano seja legítimo, a resposta correta deveria ser “diplomática e técnica”. A insistência no diálogo, mesmo diante de um regime que persegue opositores, ameaça Israel e desafia a comunidade internacional, tem gerado críticas entre aliados do Ocidente. O francês parece ignorar que a paciência com Teerã já se mostrou ineficaz e perigosa.
Ao lado do premiê norueguês Jonas Gahr Store, Macron ainda defendeu o acordo nuclear de 2015 (JCPOA), firmado durante a gestão Obama e abandonado por Trump em 2018. O tratado, criticado por não impor limites eficazes, foi um dos pilares da política conciliadora que acabou permitindo que o Irã retomasse seu enriquecimento de urânio quase sem fiscalização.
“Eu lutei para renegociá-lo, ampliá-lo e organizar encontros”, disse Macron, lamentando o fracasso das negociações. A fala, no entanto, ignora que, desde então, o Irã aumentou drasticamente sua capacidade nuclear, colocando em risco a estabilidade do Oriente Médio e a segurança de países aliados dos EUA.
A postura do presidente francês é vista por analistas conservadores como submissa e ineficaz, reforçando a imagem de uma Europa enfraquecida que prefere discursos diplomáticos a ações firmes. Enquanto o Irã ameaça a ordem mundial, Macron segue defendendo negociações que apenas ganham tempo para os aiatolás.
Para os defensores da liberdade e da segurança no Ocidente, o caminho não é mais diálogo vazio, mas respostas claras e estratégicas. A crítica a Washington apenas enfraquece o bloco ocidental e dá mais espaço a regimes que desprezam os direitos humanos e promovem o terror como ferramenta geopolítica.