Lula não consegue aceitar que Donald Trump esteja colhendo os louros diplomáticos do cessar-fogo entre Israel e Irã. Incomodado com o protagonismo do republicano, o petista recorreu — de novo — ao velho expediente de criticar quem realmente manda no tabuleiro global. Em evento nesta quarta-feira (25), o presidente brasileiro afirmou que Trump tem “uma necessidade desgraçada” de produzir manchetes diárias, acusando o norte-americano de preferir “ser mais internet do que chefe de Estado”.
O ataque revela, antes de tudo, o incômodo de quem precisa de holofotes a qualquer custo. Lula disse que o líder da maior potência mundial deveria “pensar no livre-comércio, no multilateralismo e na paz”, mas ele próprio passou a última semana colecionando gafes no G7, irritando chefes de Estado e disparando opiniões fora de hora sobre conflitos que mal compreende. A crítica, portanto, soa como mero despeito de quem não suporta ficar em segundo plano.
Para piorar, o discurso do brasileiro ignora o fato de que Trump — com ou sem tweets — acaba de protagonizar a maior redução de tensões no Oriente Médio em anos. Enquanto isso, o governo petista limita-se a emitir notas de “preocupação” e condenar ataques sem chamar terrorismo pelo nome. Evidência de que a diplomacia lulista se resume a retórica vazia quando a ação concreta é exigida.
Lula ainda acusou Trump de defender “interesses escusos e pequenos”. Vinda de quem se dedica a proteger regimes autoritários, pedir bilhões em emendas para sustentar base parlamentar e criar novos impostos para bancar a própria máquina, a crítica beira a hipocrisia. No fim, o petista parece mais interessado em rivalizar no Twitter do que em entregar resultados reais para o Brasil.
O episódio mostra, de forma cristalina, o quanto o Palácio do Planalto entrou em modo fogo-amigo diplomático: ataca quem resolve problemas e coleciona erros que mancham a imagem do país lá fora. Fica cada vez mais claro que a ânsia de Lula por manchetes diz muito mais sobre ele do que sobre Trump.