A cidade de Formigueiro, no interior do Rio Grande do Sul, amanheceu nesta terça-feira (17) com a notícia chocante da morte da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). A parlamentar foi encontrada sem vida ao lado de seu próprio carro, com sinais evidentes de violência. O corpo apresentava marcas de facadas no tronco e no pescoço, o que reforça a suspeita de homicídio premeditado.
De acordo com informações preliminares, o crime teria ocorrido durante a madrugada. A Polícia Civil já iniciou as investigações e trabalha com a hipótese de que Elisane tenha sido atraída ao local por pessoas conhecidas. Não foram levados objetos pessoais da vereadora, o que descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), aumentando ainda mais o mistério em torno do caso.
Elisane exercia seu primeiro mandato como vereadora e era a única mulher na atual legislatura da Câmara de Formigueiro. Tinha formação técnica em enfermagem e também atuava como auxiliar de análises clínicas. Era conhecida no município por sua atuação na área da saúde, tendo trabalhado no hospital local antes de entrar para a política.
A Câmara de Vereadores decretou luto oficial de três dias, em sinal de respeito e consternação. O clima na cidade é de tristeza e insegurança, e a população cobra respostas rápidas da polícia sobre a motivação do crime. A morte violenta de uma parlamentar em pleno exercício do mandato levanta questionamentos sobre a segurança de representantes públicos mesmo em municípios de pequeno porte.
Embora ainda não haja indícios claros sobre o autor do crime ou sua motivação, o caso já mobiliza autoridades locais e estaduais. A expectativa é de que novas informações venham à tona nos próximos dias. Enquanto isso, permanece o sentimento de indignação por mais um caso brutal de violência no país — e, nesse caso, envolvendo uma figura pública do partido que tanto fala em democracia, mas convive com tragédias em seu próprio meio.