
Em 20 de maio de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus dez dos doze acusados no chamado “núcleo 3” da suposta tentativa de golpe de Estado. Notavelmente, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou, pela primeira vez, a denúncia contra dois militares, alegando falta de provas suficientes para justificar a abertura de ação penal .ilton Diniz Rodrigues, ambos ex-assessores de generais durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo Moraes, a denúncia não apresentou indícios mínimos da ocorrência de ilícito criminal por parte desses oficiais .
Por outro lado, os dez denunciados que se tornaram réus são acusados de planejar ações táticas para viabilizar um golpe, incluindo pressão sobre o alto comando das Forças Armadas. Entre os réus estão militares que teriam participado da elaboração de uma “minuta do golpe” e monitorado autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes .
A decisão de Moraes em rejeitar parte das denúncias marca uma mudança significativa na condução do processo, indicando uma análise mais criteriosa das provas apresentadas. Até então, todas as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) haviam sido aceitas integralmente pelo ministro.
Este julgamento é parte de uma série de ações relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A PGR dividiu as acusações em cinco núcleos para agilizar o andamento dos casos, e até o momento, a Primeira Turma do STF já aceitou as acusações formais contra 31 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro .
Para mais detalhes sobre o julgamento, assista ao vídeo abaixo: