
A jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, questionou recentemente a necessidade da instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que causaram prejuízos bilionários a aposentados e pensionistas. Em sua análise, ela argumentou que a CPMI poderia aprofundar a polarização política e que as investigações já estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. print no final da matéria..
Cantanhêde sugeriu que o Congresso deveria focar em outras pautas, como a regulamentação das redes sociais e propostas relacionadas à segurança pública e aos militares, que são de interesse do governo. Ela também expressou preocupação de que a CPMI possa coincidir com eventos internacionais importantes, como a COP 30 e a cúpula dos BRICS, potencialmente afetando a imagem do país.
A fala da jornalista gerou críticas por parte de setores conservadores, que veem a CPMI como uma ferramenta essencial para investigar e responsabilizar os envolvidos nas fraudes do INSS. Eles argumentam que a oposição tem o direito de utilizar os mecanismos democráticos disponíveis para fiscalizar o governo e que a instalação da CPMI é uma resposta legítima às denúncias de irregularidades.
O escândalo no INSS envolve descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, com estimativas de prejuízos que chegam a R$ 6,3 bilhões. A “Operação Sem Desconto”, conduzida pela Polícia Federal, revelou um esquema que operava desde 2019, envolvendo entidades que realizavam descontos sem autorização dos beneficiários.
A instalação da CPMI já conta com o apoio de diversos parlamentares, incluindo membros da base do governo. O pedido de abertura da comissão foi protocolado com as assinaturas necessárias e aguarda leitura em sessão do Congresso para ser oficialmente instaurado.
