O conservador José Antonio Kast abriu uma liderança sólida na disputa presidencial do Chile, segundo nova pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg, que o coloca com 56,9% dos votos totais contra apenas 35% da candidata governista Jeannette Jara. O levantamento revela um cenário de ampla vantagem para Kast, impulsionado pelo desgaste do governo de Gabriel Boric, que enfrenta forte rejeição popular e não consegue transferir apoio para sua sucessora.
Considerando apenas os votos válidos, Kast chega a 61,9%, ampliando a diferença para mais de 23 pontos, em um contexto de franca deterioração da confiança na atual administração. A rejeição ao governo Boric alcança 63,9%, enquanto somente 34,2% aprovam sua gestão. Esses números evidenciam um país cansado do progressismo, abrindo espaço para o avanço de pautas conservadoras, segurança pública e ordem institucional.
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A avaliação geral do governo segue a mesma tendência negativa: 55,6% classificam a administração como ruim ou muito ruim, e apenas 27% consideram o governo bom ou excelente. Essa combinação de desgaste, frustrações econômicas e insegurança crescente fortalece o apelo de Kast, que se apresenta como alternativa firme ao modelo de esquerda que dominou o Chile nos últimos anos.
No campo da opinião pública, Kast também se destaca como o único líder com imagem positiva líquida, registrando 52% de avaliações favoráveis contra 42% de negativas. Jeannette Jara amarga um saldo negativo de 27 pontos, e Boric enfrenta situação ainda pior, com menos 29 pontos. A rejeição generalizada às figuras da esquerda cria um ambiente favorável a uma mudança profunda no comando do país.
A pesquisa ouviu 9.012 adultos entre os dias 22 e 27 de novembro de 2025, de forma online, com margem de erro de 1 ponto percentual. Os números confirmam uma tendência clara: o Chile caminha para virar a página do progressismo e abrir espaço para uma guinada conservadora, refletindo um sentimento regional cada vez mais forte de rejeição às políticas da esquerda latino-americana.