
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs uma medida sem precedentes ao determinar que o ex-presidente Jair Bolsonaro não pode manter qualquer contato, direto ou indireto, com mais de 190 pessoas, incluindo diplomatas estrangeiros, parlamentares, aliados políticos, militares e até membros de sua própria família.
Entre os nomes proibidos estão figuras centrais do entorno bolsonarista como os filhos Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro. A proibição inclui também ministros que integraram o governo, como Braga Netto, Walter Braga Netto, General Heleno, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Fábio Wajngarten. A lista ainda envolve assessores diretos, ex-ministros, aliados próximos e diplomatas que já mantiveram qualquer tipo de relação com Bolsonaro.
A restrição se estende inclusive a embaixadores estrangeiros e representantes diplomáticos. Segundo levantamento da Revista Oeste, há seis embaixadas localizadas nas proximidades da residência de Bolsonaro, no bairro Jardim Botânico, em Brasília. São elas:
– Embaixada do Sri Lanka
– Embaixada da República da Macedônia
– Embaixada da Coreia do Norte
– Embaixada do Sultanato de Omã
– Embaixada de Singapura
– Embaixada da Nicarágua
Além dessas, a Embaixada dos Estados Unidos também entra no raio de restrição, mesmo estando a cerca de 8 km da casa do ex-presidente. Moraes determinou que Bolsonaro mantenha distância mínima de 200 metros de qualquer representação diplomática, mesmo em situações de deslocamento urbano.
A proibição de contato não se limita à comunicação direta. Bolsonaro também está impedido de utilizar intermediários, mensagens públicas, redes sociais, ou qualquer forma de manifestação indireta que possa ser interpretada como tentativa de contato com os nomes listados. A medida é válida até nova ordem e se soma à obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, e à proibição de sair do país.