
A comunidade judaica brasileira iniciou uma campanha para que o Brasil retorne à Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). A saída do país foi decidida pelo governo Lula após sua adesão como observador em 2021. Essa decisão gerou repercussão internacional e interna, sendo vista como um retrocesso no compromisso com a memória histórica e o combate ao antissemitismo.
A IHRA é uma organização intergovernamental que reúne governos e peritos para promover a educação, pesquisa e lembrança do Holocausto. Também combate a negação e distorção desse capítulo histórico e estabelece uma definição de antissemitismo amplamente usada por democracias modernas — um marco que agora foi deixado pelo Brasil.
Críticos apontam que a retirada do país coincide com uma guinada na política externa petista, marcada por posturas consideradas alinhadas com grupos hostis a Israel e pela adesão à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça, que acusa Israel de genocídio. A comunidade judaica enxerga nessa decisão uma relativização de crimes históricos.
Entidades como o World Jewish Congress e a OEA calificaram o movimento como grave falha moral. Lideranças brasileiras também alertaram que abandonar a IHRA enfraquece a luta contra o antissemitismo e isola o país de esforços globais de memória. A saída foi tida por muitos como indignante e desprestigia o legado da convivência plural no país.
Para a comunidade judaica, o único caminho para resgatar a credibilidade do Brasil nessa área seria o retorno à IHRA — algo que, segundo seus apoiadores, só seria garantido com uma mudança de governo em 2026, resgatando o respeito à história, à verdade e aos princípios universais.
