
O Congresso Nacional está tomado por intensas negociações em torno da anistia aos acusados do 8 de janeiro. Três propostas diferentes circulam nos bastidores, cada uma com um peso político distinto — e o futuro de Jair Bolsonaro está no centro desse embate.
O primeiro texto, elaborado pelo PL e apresentado com apoio de Tarcísio de Freitas, prevê uma anistia ampla, geral e irrestrita, que abrange todos os réus, inclusive o ex-presidente. Essa é a versão que mais assusta o Supremo Tribunal Federal (STF), pois desmontaria toda a farsa construída para criminalizar a direita.
O segundo texto, de autoria de Davi Alcolumbre, já foi rejeitado pela oposição por excluir Bolsonaro e o chamado “núcleo principal”. Essa manobra é vista como uma tentativa de salvar apenas os manifestantes comuns, mantendo a perseguição contra lideranças políticas.
Por fim, surge o terceiro texto, articulado por Hugo Motta (Republicanos-PB), que adapta a proposta original do PL para buscar um “meio termo”. Ele tenta equilibrar a pressão do STF com a força da base parlamentar que já soma mais de 350 votos pela anistia. A costura agora gira em torno de evitar um choque frontal com o Supremo, mas sem trair a expectativa da base bolsonarista.
O clima é de guerra política. Enquanto ministros do STF e a esquerda tentam barrar qualquer solução que envolva Bolsonaro, o movimento pela anistia ganha musculatura com apoio de partidos do Centrão e da oposição. O recado é claro: sem anistia, não haverá pacificação do país.