
O cientista político Steven Levitsky, famoso por seu livro Como as Democracias Morrem, no qual aponta a Venezuela de Hugo Chávez como exemplo de erosão institucional, agora aparece sorridente ao lado de Lula, tratando o Brasil como se fosse um exemplo de vitalidade democrática. A contradição salta aos olhos e escancara a seletividade de quem deveria, em tese, aplicar com rigor os próprios conceitos.
Em sua obra, Levitsky descreve como Chávez, eleito pelo voto popular, cooptou o Judiciário, perseguiu opositores, manipulou regras eleitorais e usou a lei como ferramenta de poder. Ironia ou cegueira ideológica, esses mesmos elementos hoje se repetem no Brasil: opositores são presos por opiniões, a censura é imposta por decisões secretas, a Justiça Eleitoral age como polícia política e o Supremo Tribunal Federal concentra poderes típicos de regimes autoritários.
Mais grave ainda é o papel do próprio PT. O partido de Lula não só ajudou na ascensão de Chávez, mas também garantiu a sustentação do chavismo por meio de empréstimos bilionários do BNDES, desviados em esquemas de corrupção revelados por delações de marqueteiros que trabalharam para Lula e Maduro. Tudo com a benção do Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro, que atua há décadas para instalar ditaduras socialistas na América Latina.
Mesmo diante das fraudes eleitorais na Venezuela e das sistemáticas violações de direitos humanos promovidas por Maduro, o PT insiste em manter o apoio político ao regime. Ou seja, segundo a própria lógica de Levitsky, o Brasil de 2025 se parece muito mais com o caso venezuelano que ele critica. Mas, por afinidade ideológica, ele prefere aplaudir Lula, justamente o líder que simboliza a erosão que ele diz combater.
Talvez seja hora de Levitsky escrever um novo capítulo: Como as Democracias Morrem… com o Apoio de Quem Afirma Defendê-las.