O senador Cleitinho (Republicanos-MG) soltou o verbo no plenário ao denunciar o verdadeiro golpe que estaria em curso no Brasil: o desvio bilionário contra aposentados e pensionistas. Em pronunciamento firme nesta quarta-feira (18), ele defendeu a convocação imediata de Milton Baptista de Souza, conhecido como Milton Cavalo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, para depor na CPMI do INSS. Segundo o senador, a entidade está envolvida em esquemas de descontos abusivos nas folhas de pagamento dos aposentados.
Cleitinho não poupou críticas ao envolvimento de figuras ligadas diretamente ao petismo. Ele citou uma mansão de alto padrão supostamente ligada ao sindicalista e fez uma denúncia direta: o vice-presidente da entidade seria ninguém menos que Frei Chico, irmão de Lula. Para o senador, esse escândalo precisa ser o foco das investigações — e não a perseguição política da velha narrativa do “golpe” de 8 de janeiro, que ele classificou como uma “novela mexicana”.
O parlamentar questionou a seletividade da Justiça e criticou a inversão de prioridades que marcou os últimos anos no Congresso. Segundo ele, enquanto se prendem inocentes por manifestações políticas, a verdadeira pilhagem — que esvazia o bolso de quem trabalhou a vida toda — segue sendo ignorada por muitos. “O coice foi nos aposentados!”, disparou Cleitinho, num recado direto ao sindicalista Milton Cavalo.
O senador ainda mandou um recado duro para os colegas da futura comissão: que deixem de lado a politicagem e passem a punir de fato os corruptos — estejam eles à direita ou à esquerda. “Tem cretino dos dois lados, e todos devem ser punidos”, disse. Sua fala ecoa um desejo crescente da população de ver a justiça atuar com equilíbrio, sem proteger aliados do sistema.
A CPMI do INSS pode se tornar uma das comissões mais explosivas do Congresso. E, se depender de Cleitinho, o primeiro a sentar na cadeira de depoente será alguém com vínculos diretos ao petismo. O jogo político está mudando — e o Senado parece começar a mirar os verdadeiros abusos contra o povo.