
O ex‑presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não se alegra” com a tarifa de 50% imposta pelos EUA, mas defendeu a anistia ampla e irrestrita aos condenados de 8 de janeiro como ponte para restaurar a “paz para a economia”. Ele condicionou qualquer alívio comercial à aprovação da medida pelos Poderes brasileiros.
Segundo Bolsonaro, a anistia é uma maneira de demonstrar harmonia institucional, permitindo ao governo negociar com os EUA e evitar que a Lei da Reciprocidade Econômica seja acionada. Ele afirmou que “a solução está nas mãos das autoridades brasileiras”, apontando que o Brasil precisa agir internamente para conter os efeitos do tarifão.
O senador Flávio Bolsonaro reforçou essa estratégia, afirmando que aprovar a anistia seria o “primeiro passo” para negociar com Trump. Ele destacou que o Congresso tem até 1º de agosto para aprovar o projeto, antes de as sanções entrarem em vigor.
A proposta, no entanto, enfrenta resistência na base governista, que rejeita anistia por julgar que ela beneficiaria diretamente o ex-presidente e aliados por crimes graves. A aprovação, além de complexa politicamente, coloca o Brasil num dilema entre retomar o diálogo internacional e proteger suas instituições.