
O governo do presidente Donald Trump iniciou discussões internas sobre a possibilidade de aplicar sanções contra os presidentes da Câmara e do Senado no Brasil. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) entraram no radar da Casa Branca por suas ações que beneficiam o STF e o governo Lula, ao mesmo tempo em que obstruem pautas da oposição.
Motta desagradou profundamente o governo americano ao bloquear a votação do projeto de anistia para réus e condenados pelos atos de 8 de janeiro, proposta que poderia aliviar a situação de Jair Bolsonaro e de manifestantes presos. Já Alcolumbre virou alvo direto após rejeitar sistematicamente os pedidos de impeachment de ministros do Supremo, especialmente Alexandre de Moraes, já sancionado e com visto cassado pelos EUA.
Nos bastidores, fontes ligadas ao Departamento de Estado relatam decepção com o Centrão, que deveria representar a “direita moderada”, mas vem se alinhando a Lula e blindando o STF. Motta, por exemplo, impediu a reabertura de comissões da Câmara, frustrando o plano da oposição de reagir às medidas judiciais contra Bolsonaro, como o uso da tornozeleira eletrônica.
Alcolumbre, por sua vez, continua engavetando todos os pedidos de afastamento de ministros, incluindo os mais recentes, reforçando a impressão de conivência com os abusos do Supremo. Diante desse cenário, Washington avalia medidas semelhantes às já aplicadas contra Moraes, como bloqueio de bens, cassação de vistos e restrições comerciais, atingindo também familiares e empresas associadas.
Se confirmadas, essas sanções representarão um marco histórico: pela primeira vez, o Legislativo brasileiro será diretamente confrontado por um governo estrangeiro, em resposta a uma escalada autoritária interna e à omissão deliberada de seus líderes.