
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, divulgou neste domingo (13) uma carta tentando justificar a cobrança de tarifas de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros. Segundo Barroso, a medida teria sido baseada em uma “compreensão imprecisa dos fatos” e afirmou que “no Brasil de hoje, não se persegue ninguém”. Uma fala que soaria até cômica, se não fosse trágica.
Barroso ainda insistiu em dizer que sua função é “descrever a realidade com objetividade”, mas a realidade que o mundo inteiro viu nos últimos anos foi um STF transformado em trincheira política. O próprio Barroso, aliás, declarou em alto e bom som durante um evento da UNE, em 2023, que “nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia”. Uma fala que desmascara qualquer tentativa de se passar por imparcial.
A tentativa de manter a narrativa de um Judiciário neutro e comprometido com o Brasil não convence nem a população, nem a comunidade internacional. A cobrança de tarifas por Trump foi clara: uma resposta direta ao autoritarismo disfarçado de legalidade praticado por um Judiciário que hoje atua como partido político. E quem assina essa crise é o STF.
A fala de Barroso, que tenta transparecer serenidade institucional, veio tarde e com hipocrisia. A carta não menciona a perseguição a jornalistas, parlamentares, influenciadores e cidadãos comuns. Também não comenta a censura de redes sociais ou o bloqueio de contas de conservadores nos Estados Unidos, incluindo o caso recente de Rodrigo Constantino, que motivou até ação da Trump Media contra Alexandre de Moraes.
O governo Lula assiste de camarote enquanto o STF coleciona inimigos diplomáticos. E agora o prejuízo é prático: com a decisão de Trump, o Brasil afunda ainda mais na crise econômica. O Judiciário pode até tentar escrever a história, mas não pode apagar os vídeos, os discursos, as decisões arbitrárias e os ataques à liberdade. A verdade sempre aparece — e Trump apenas deu nome ao que milhões já enxergam.