
A descoberta do esquema que desviou R$ 2 bilhões do FGTS, seguro-desemprego e programas sociais, revelada pela Operação Farra Brasil 14 da Polícia Federal, é mais uma prova de que a corrupção segue viva sob o governo Lula (PT). O envolvimento de funcionários da Caixa Econômica Federal, instituição controlada diretamente pelo governo, exige a instalação imediata de uma CPI para investigar a atual gestão e sua responsabilidade nos crimes cometidos.
Apesar dos vários alertas sobre as fragilidades do aplicativo Caixa Tem, o governo preferiu ignorar os riscos. Em vez de corrigir os problemas, o foco foi maquiar a realidade e priorizar a propaganda política. Aumentaram os benefícios sociais para fazer marketing, mas na prática, o sistema continuava vulnerável e aberto à ação de quadrilhas dentro da própria estrutura estatal.
A omissão e o descaso político foram determinantes para que o esquema se alastrasse por todo o país. Servidores da Caixa adulteravam dados, facilitavam saques fraudulentos e recebiam propinas, tudo sob a complacência dos altos escalões do governo. As investigações indicam que não se tratava de atos isolados, mas de um sistema criminoso instalado.
Este escândalo não é uma exceção. Em paralelo, a Polícia Federal também revelou fraudes milionárias no INSS, com concessões ilegais de aposentadorias e pensões. Sob o comando de Lula, o número de denúncias de corrupção envolvendo servidores públicos aumentou drasticamente, evidenciando a continuidade da velha prática de usar a máquina pública para beneficiar interesses ilícitos.
A exemplo da Caixa, o INSS enfrenta problemas gravíssimos de aparelhamento político e falta de controle interno. Fraudes são constantes, prejudicando justamente a população mais vulnerável, aquela que o governo tanto diz defender em seus discursos eleitorais. A realidade mostra que o discurso não passa de retórica barata.
Diante do tamanho do rombo e da reincidência da corrupção nas estatais, não resta outra saída: o Congresso Nacional precisa agir. Uma CPI deve ser instaurada para apurar não apenas os crimes cometidos, mas também a responsabilidade direta da atual gestão. A população não pode aceitar que tudo seja varrido para debaixo do tapete.
A responsabilidade vai além dos operadores do esquema. É preciso investigar como as falhas estruturais, agravadas por incompetência e interesses partidários, entregaram bilhões de reais dos brasileiros nas mãos de criminosos. Não basta demitir alguns funcionários: é preciso responsabilizar criminalmente e politicamente quem permitiu que isso acontecesse.
O governo Lula tenta vender a ideia de que a corrupção ficou no passado. Mas os fatos gritam o contrário. As estatais continuam sendo verdadeiros feudos de interesses políticos, onde a impunidade reina e os prejuízos são bancados pela população. A farra com o dinheiro público nunca acabou — apenas ganhou novas camadas de maquiagem.
Enquanto o discurso populista segue firme, milhões de brasileiros continuam sendo os maiores prejudicados. São justamente os mais pobres, usados como bandeira eleitoral, que sofrem quando recursos vitais desaparecem em esquemas de corrupção institucionalizada. A realidade escancara o abismo entre a propaganda e a prática.
A criação de uma CPI séria e independente é o primeiro passo para romper o ciclo de impunidade. Chega de cinismo. Chega de narrativas falsas. O Brasil exige respostas e punições exemplares para que novos escândalos não sejam tratados com o descaso e a conivência que marcaram as gestões petistas.